Se a dor não fosse recente,
como mostram as cicatrizes,
talvez houvesse motivo
pra eu gostar do céu nublado.
Uma centelha de Sol,
sob a sombra de um destroço,
faz a vez do arco-íres
nesta arca abandonada.
E o Sol é tão brilhante,
é tão quente e radiante,
que amarelo e azul prefiro
para abrir todas as cores.
Vamos pôr flores nos postes,
talvez eles pareçam árvores.
Um Natal antes do tempo
pra quem já ressucitou.
O bonde anda nos trilhos
e o passeio é tão bonito!
Vamos chamar as crianças
pra fazer o carnaval
e levar o rádio ligado
pra tocar no coração.
como mostram as cicatrizes,
talvez houvesse motivo
pra eu gostar do céu nublado.
Uma centelha de Sol,
sob a sombra de um destroço,
faz a vez do arco-íres
nesta arca abandonada.
E o Sol é tão brilhante,
é tão quente e radiante,
que amarelo e azul prefiro
para abrir todas as cores.
Vamos pôr flores nos postes,
talvez eles pareçam árvores.
Um Natal antes do tempo
pra quem já ressucitou.
O bonde anda nos trilhos
e o passeio é tão bonito!
Vamos chamar as crianças
pra fazer o carnaval
e levar o rádio ligado
pra tocar no coração.
Marcelo Farias - Ultramodernidade. Ilustração: menino sobre escombros em Varsóvia, durante a Segunda Guerra.
Um comentário:
Que lindo Ma, me emocionei.
Tocante.
Bjs
Postar um comentário