Não sei dessa construção cristã
greco-pérsica
o poder de me abater.
Apenas sei das almas caindo no abismo
para a segunda morte.
Os céus abrem em minha mente
mesmo que eu não queira
e tudo se torna negro como um saco de crina.
O Diabo sorri na carta XV.
Em outra a Torre desaba
e por fim O Julgamento,
seguido da Morte...
e eu dependurado,
Enforcado pelo pé,
que ousa caminhar por onde não deve.
O maior pecado: desobedecer!
Desobedecer e não cegar e querer ver,
querer provar!
Querer saber o que foi proibido:
o fruto da Árvore do Conhecimento.
Tinha que ser Eva pecadora,
sedutora ingênua, irmã
de uma humanidade dolente
filha de Pandora,
enteada de Prometeu.
E quem sou eu?! E quem sou eu!...
Para contrariar a ordem de Deus!
Mesmo que ela seja injusta,
pois é justa a punição eterna
e mesmo linda!
Linda de morrer...
Marcelo Farias - Ultramodernidade.
3 comentários:
gosto de teus arranhos.
Sempre estabelecendo poesia no riscado.
Divino!
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