segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
ENTRE VIDRO
Olhos transparentes
entre vidro
Leitura de um mundo,
pequeno vão,
entre os estilhaços de mim
e seus ásperos atalhos
Ausência de fragrância,
vozes quase sumidas,
esperança fugidia
do leve resvalar das bocas
Tênue divisão de espaço
que não aparta os desejos
comuns, obscenos
Só um movimento brusco
e, no chão, restariam pequenos
fragmentos de todas as fronteiras
Preferiu-se, ao sopro da porta,
trincar, aos poucos, o mundo mágico,
em que não havia vidros e bandeiras,
jatear interrogações inúteis,
descolorir, vaga e vagarosamente,
o reflexo da essência de nós mesmos
Ana Elisa.
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2 comentários:
Montando um diagrama interior.
Que bom, Marcelo...
Obrigada!
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