lembro me de uma telha quebrada
que pelo meu quarto entrava o universo
nos dias de arco era uma festa
cores entravam até nas costas das moscas
e voavam no quarto pedaços de íris
por essa fresta entrava em outros mundos
porque o meu não me cabia
mergulhei profundo na criança assustada
cheia de ilhas solitárias que fui um dia
mudei de casa para um quarto sem fresta
quando podia fazer o que me desse na telha
não fiz...
Calaça.
Um comentário:
Mágico!
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