A Alcides Werk
O corpo queimado
E as cabeças de fósforo
São fósforo mesmo
Nos passos da escada.
Em vigas de ferro
_Esqueleto de aço _
Se ergue o gigante,
Mirante do além.
_Ah, praça cinzenta!
_Ah, fungo projeto!
Te espalhas deserto
Ao vácuo horizonte.
(Planície sem sonhos).
Teu céu é de chumbo.
Teu Sol é mormaço.
Teu fel é o compasso
Com gosto de nada!
Nada!
Nem vale ou montanha,
Nem lago ou ribeira,
Nem árvore ou bicho,
Nem guincho ou esguicho,
Só siso concreto!
Reto!
Reto!
Reto!
Marcelo Farias - Para Entender a Mágica. Ilustração: Waste Man - Antony Gormley.
Um comentário:
Clap, clap, clap! Adoro teus finais!
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