Quero o amor que assassinei junto com meu cúmplice, o amado.
Mas esse amor está morto.
Então corro demais
buscando veias,
escapes,
para esquecer o crime.
Matamos juntos o nosso amor
e nos arrependemos,
ele lá,
eu cá,
mas o amor está morto...
assim...
uma cobra partida ao meio,
ficam duas metades loucas, em desespero,
mas são metades inertes,
em movimento,
não é?
É assim que somos,
metades separadas
e nós mesmos algozes.
Mas esse amor está morto.
Então corro demais
buscando veias,
escapes,
para esquecer o crime.
Matamos juntos o nosso amor
e nos arrependemos,
ele lá,
eu cá,
mas o amor está morto...
assim...
uma cobra partida ao meio,
ficam duas metades loucas, em desespero,
mas são metades inertes,
em movimento,
não é?
É assim que somos,
metades separadas
e nós mesmos algozes.
AGONIZANTE E INTEIRAMENTE REAL
Denize Machado.
4 comentários:
Veja como você faz poesia ao mesmo tempo em que respira.
Me deu arrepios aqui.
Ótimo!
Obrigada Marcelo.
Foi mesmo um papo.
Agora lendo, não parece meu.
Denise, não sei o que foi mais difícil, entender seu poema ou fazer meu coração parar de entender. Choro e não compreendo com a razão o que escreveu, mas de peito lhe agradeço as palavras escritas.
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