Quero ouvir o improviso de Parker
Cortar o silêncio frio sob o neon
Dos edifícios abrutalhados todos
Em sombras, solidão e distância.
Quero que Whitman conte-me algo
Obsceno e engraçado durante
A encenação do crucificamento.
Quero que o vinho mais barato
Escorra de minha caneca farta
E molhe todos os papéis inúteis
Que carrego em meus bolsos.
Quero que Ray me ensine a ver
Como uma canção pode ser
Um doce nascendo do amargo.
Quero a incandescência
Dos vagabundos errantes
Que redescobrem a urgência
De se viver sempre além das 24 h.
Quero que as cores de Basquiat
Devorem todos os metrôs de NY
Enquanto a noite levanta suas asas.
Quero a inconstância dos fatos
E a explosão dos sentimentos retidos
Soltos pela página branca que escrevo.
Quero o nome exato da mulher
Com quem dormi na noite anterior a essa
Quero decifrar os mínimos detalhes
Da arquitetura indecifrável daqueles olhos.
Quero o inevitável presente ainda que passe
E após algum tempo já não seja novidade
Quero tudo e nada pelo preço da unidade.
Não quero ouvir desculpas plausíveis
Para a aceitação do que não é questionado
E nem o que é religiosamente seguido à risca.
Não quero que sepultem os meus desejos
Em cartórios empoeirados pela inércia...
Não exijo muito das pessoas e nem da vida
Só quero a realidade de todos os meus sonhos.
(Sobretudo os mais impossíveis)
Posto que aos poucos... O mais é só querer.
Fabiano Silmes
Dos edifícios abrutalhados todos
Em sombras, solidão e distância.
Quero que Whitman conte-me algo
Obsceno e engraçado durante
A encenação do crucificamento.
Quero que o vinho mais barato
Escorra de minha caneca farta
E molhe todos os papéis inúteis
Que carrego em meus bolsos.
Quero que Ray me ensine a ver
Como uma canção pode ser
Um doce nascendo do amargo.
Quero a incandescência
Dos vagabundos errantes
Que redescobrem a urgência
De se viver sempre além das 24 h.
Quero que as cores de Basquiat
Devorem todos os metrôs de NY
Enquanto a noite levanta suas asas.
Quero a inconstância dos fatos
E a explosão dos sentimentos retidos
Soltos pela página branca que escrevo.
Quero o nome exato da mulher
Com quem dormi na noite anterior a essa
Quero decifrar os mínimos detalhes
Da arquitetura indecifrável daqueles olhos.
Quero o inevitável presente ainda que passe
E após algum tempo já não seja novidade
Quero tudo e nada pelo preço da unidade.
Não quero ouvir desculpas plausíveis
Para a aceitação do que não é questionado
E nem o que é religiosamente seguido à risca.
Não quero que sepultem os meus desejos
Em cartórios empoeirados pela inércia...
Não exijo muito das pessoas e nem da vida
Só quero a realidade de todos os meus sonhos.
(Sobretudo os mais impossíveis)
Posto que aos poucos... O mais é só querer.
Fabiano Silmes
Um comentário:
Quero encontrar mais poetas assim!
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