Relutância,
sequela sem direito
neste vago dúbio estreito.
Aves no céu!
Falta de ar,
um pombo de ouro,
um lampejo que passa.
Justiça? Injustiça?...
Execução é a loucura
deixando na mão
quando o chão se abre.
A glória é o repouso:
nada de pena,
nem reclamações.
Os mortos são sagrados,
as feridas devem ser cobertas
e a cena se encerra.
Amarga a minha boca
que seja,
não há saber em nada.
Não quero compadecimento,
nem lamentos,
carrego o que me pertence.
Ivonefs.
Um comentário:
Às vezes você me lembra fortemente Cecília Meireles. Uma Cecília reinventada.
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