Tua pele crua, palpitando (chama)
se estende lua em lençois noturnos.
Nas minhas mãos, possuído, lambes
pingos de minha língua que te procura.
Do teu rosto, a luz dos teus olhos,
fios imersos, alertam minhas esferas,
deságuam num encontro caudaloso,
incontido e como reféns nos esmeram
e te devo água e te devo ar e me devoras
nas canções nossas, notas tocadas
arranjos blues, improviso azul amora
e sempre serás um desconhecido,
um novo a descubrir, um oceano
e sempre terás minha língua assídua.
Ivonefs. Ilustração: gravura renascentista mostrando os quatro elementos - fogo, ar, terra e água.
Um comentário:
Meus Deus... ficou mais louco do que eu imaginava!...
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