Sinto a piedade atravessando meus olhos,
cobrindo-me em manto branco. Apoderam-se,
profetizam minha infelicidade. Estancam-me
com suas línguas frias, lambem-me as feridas.
Deixem-me livre ao vínculo que escolho e nada
cobro. Nada perdi. Eu primavera. Queima
o Sol, descem folhas e nas noites frias, ligo às
frestas da janela entreaberta à boca em espera.
Vejam! o fogo que queima, não combato. É vida
plena e ainda que reste em tristeza, me foi beijo
de alegria. Não me peçam trégua se assim quero:
O que surgiu à minha frente, vivi nas mãos suas
além das paragens conhecidas da existência. Divino
ter. Planos sem danos, sem início, sem meio, sem fim.
Ivonefs.
2 comentários:
Quem se deu o direito a si mesmo vive isso!
;D
interessante.
Postar um comentário