Por acaso soubestes, qual força nos envolvia?
Quais sons profanos tu emitia;
Para que eu fosse amaldiçoada por inteiro?
Seu demônio ligeiro!
Trancastes-me dentro de seu peito,
E com desrespeito, me tirou o fim.
Me dando a vida eterna...
Devolva-me à ela! Òh, sentimento mundano!
Seus sons de tamanha proporção,
Me fazem gritar de emoção...
E me comandam por um inferno perfeito.
E já não me atrevo a tentar;
E nem ao menos tento.
Deixo.
“Re-deixo-te”!
Alimento-te com uma alma estranha;
Completamente banhada em lama,
Na qual estive submersa por anos.
Já não sinto.
Minto.
Sinto muito;
Teu puro afago, banhado em almas vadias;
Acompanham suas mãos frias,
Por dentro desses cálices profundos.
E pra você:
“Que se dane o mundo
Tenho comigo um belo cajado,
E poderia jogar carteado,
Com essas almas que possuo...”
Cruel.
Não, melhor!
És um resto de areia
Que apenas me cega, e se faz poeira
Diante de meus olhos.
Vá-se!
Deixe-se ir!
Não se permita prender agora;
Encontraremos-nos outrora;
Talvez numa outra estória...
Escrita por suas insanas mãos.
-14/11/2008.
Um comentário:
Bela estréia! =))
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