Quando eu nasci não existia tempo.
O tempo era o presente
e o longínquo passado
presente nos contos de fada.
O tempo chegou nos 20...
Tempo em que minha elegância
me dava um ar responsável
de bom moço envelhecido.
Eu apaixonava funcionárias
e amava prostitutas.
Valia pelo que tinha
e pagava pelo que usava.
Dirigia meu automóvel
e consultava o relógio
(que não era de algibeira).
Bebia café e não chá.
Lia jornais e não livros.
Escrevia relatórios
e não poemas.
Eu era moderno!
Moderno como um terno cinza.
Marcelo Farias - Ultramodernidade
Um comentário:
Poema legal, lugar legal, turma legal, porra, como faço pra postar aqui?
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