quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

BANDOLEIRO (Baseado na melodia de Knights In The White Satin)




À Beto Reis, poeta de Piquete.


Vago distante,
vejo pela luz do Sol.
Vago este instante,
pleno pelo azul do céu.
Sigo adiante
sem um rumo a tomar.
Só ao poente...
Mas eu amo!...
Eu amo!
Ah, eu amo!
Eu amo!...
Vou pela estarada
que caminha para o além.
Solto no nada,
minha vida corre ao léu.
Nesta savana
meu destino vai tomar
a caravana...
Mas eu amo!
Eu amo!
Ah, eu amo!
Eu amo!
Sou uma lembrança
que um dia já se foi.
Sou uma esperança
que não sabe se virá.
Sou uma criança
que um dia já brincou,
mas hoje cansa...
Mas eu amo!....
Eu amo!
Ah, eu amo!
Eu amo!...
Sou bandoleiro,
homem sem justiça ou lei.
Sou um sombreiro,
ou talvez a sombra ao chão.
Sou forasteiro
feito de silêncio e pó.
Sou cavaleiro...
Pois eu amo!...
Eu amo!
Ah, eu amo!
Eu amo!
Eu amo!...




Marcelo Farias - Ultramodernidade. Knights In The White Satin - Moody Blues, 1967.

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