domingo, 9 de dezembro de 2007

O BAÚ


Aprisinado sob o tampo de minha consciência,
guardo, do mundo, tudo aquilo que não gostaria de ver exposto.
Trancado com cadeados e correntes seculares,
empenho-me em me manter assim.
Com sídrome de caixa, fujo das pandoras do mundo.
Sinto-me culpado por meu cárcere.
Sei que minha prisão é um reflexo de meus atos.
Se busco ser bom, acabo fazendo o mal.
Se quero ser honesto, acabo sendo o ladrão que me rouba a paz.




Beto Reis

2 comentários:

MARCELO FARIAS disse...

Excelente! Realmente escrita por um poeta!

medusa que costura insanidades disse...

gostei da temática e do escrito em geral...legal Beto!