sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Enquanto Um Cai, Outro Fica Em Cima























Quando o mar braveja
Com suas ondas furiosas
E dissolve o distinto
Castelo de areia,

Uma criança brinca,
Outra chora.

Quando a tempestade
Transcende a conta de gotas
E derruba barreiras,
Leva casas ao chão,

Um fica desabrigado,
Outro pensa em saudade
Ou solidão.

Quando a noite chega
Há quem quer e há quem
Não queira,
Mas cada um pragueja:

Um pelo trabalho que tem,
Outro pelo que deseja.

André Espínola

2 comentários:

MARCELO FARIAS disse...

Acho que em outra vida você foi escritor estudante marginal que morreu torturado por volta de 1971.

Ana Kaya disse...

Interessante.........