sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Sou

















"Apesar disso
- escutem bem -
todos os homens
Matam a coisa amada;
Com galanteio alguns o fazem,
enquanto outros
Com face amargurada;
Os covardes o fazem com um beijo,
Os bravos, com a espada!

Oscar Wilde


Sou

Um deserto num oásis,
Um jardim estéril
Num apartamento
Não acabado,

Um jogo de póquer sem "ásis"
Um cata-vento sem vento,
Uma prosa de versos
Rabiscados.

Sou

O assassino louco
Inconsequente e psicopata,
Do meu próprio Mar Morto.
As presas que nele mergulham,
Termino sempre por matá-las.



André Espínola