Eu ouço trinta dores e um só cárcere
Da alma enferrujada em contramão
Final de vez, vendido pelo chão
Num peito que abana um Céu de mármore.
As celas que ficaram pela estrada
Prendendo um sem-amor em quase tempo
São juras que ficaram no cimento
Promessas que deitaram na calçada.
Cadeias são correntes besuntadas
Num elo de morfema intransigente
Prisão a sete chaves de palavra.
Verdugos são dois pães de uma só lavra
Na grade que circula permanente
dos Anjos.
2 comentários:
Que encontro fantástico entre o tradicional lírico e o desconstruido moderno!
Rimas perfeitas e estrofes magníficas!
=D
Postar um comentário