Dezembrino, faz tempo, vinha rolando aquela idéia feito porronca. Desempregado que era, tinha tempo de andar por aí. Em casa, Saturnia espera puta da vida. Puta mesmo, sugestão do Dezembrino: “como conseguir uns trocos?” na vida, ora porra! No começo não, mas agora, Saturnia até sentia um certo prazer. O que obrigava o marido a sair de casa. Não dava para ficar atrás da cortina e fingir que não ouvia. Era o primeiro chegar e ele abria de casa. E Saturnia, no dia-a-dia, no vamo que vamo, começou a sugerir, exigir, impor coisas que mulher certa não faz. Era um negócio de beijar, pedir mais e até ficar por cima.
Hoje é o dia do Rogério da Balsa. O cliente mais abonado e, coincidentemente o ultimo patrão de Dezembrino. O da Balsa vinha toda quinta as cinco da manhã, e antes de começar o vai-e-vem do Rio Negro, fazia um vai-e-vem na mulher do Dezembrino. Hoje é o dia do Rogério da Balsa.
Dezembrino não podia mais enrolar aquela idéia. Hoje tira o pé da merda ou se lasca de vez. Era só abordar o macho na hora e pegar a grana. Escondeu-se debaixo do barraco e esperou. O da Balsa chegou batendo os pés para limpar as botas. O barro caindo na cabeça do Dezembrino.
Entre Rogério e Saturnia, nem bom dia. Direto pra cama coisas e fazer barulho. O homem debaixo da casa esperando. “Vixe, que é agora!” Sorrateiramente, pega a peixeira e vai pro quarto. O lençol sobe e desce no compasso do coração ferido do Dezembrino. Mira na nuca e enterra firme: “Uh!!” levanta o lençol e o Rogério o encara. Saturnia se debate aperriada e o sangue esguicha.
– Porra, mulher!! Não falei que esse negócio de mulher por cima é coisa de vagabunda, porra!!”
Hoje é o dia do Rogério da Balsa. O cliente mais abonado e, coincidentemente o ultimo patrão de Dezembrino. O da Balsa vinha toda quinta as cinco da manhã, e antes de começar o vai-e-vem do Rio Negro, fazia um vai-e-vem na mulher do Dezembrino. Hoje é o dia do Rogério da Balsa.
Dezembrino não podia mais enrolar aquela idéia. Hoje tira o pé da merda ou se lasca de vez. Era só abordar o macho na hora e pegar a grana. Escondeu-se debaixo do barraco e esperou. O da Balsa chegou batendo os pés para limpar as botas. O barro caindo na cabeça do Dezembrino.
Entre Rogério e Saturnia, nem bom dia. Direto pra cama coisas e fazer barulho. O homem debaixo da casa esperando. “Vixe, que é agora!” Sorrateiramente, pega a peixeira e vai pro quarto. O lençol sobe e desce no compasso do coração ferido do Dezembrino. Mira na nuca e enterra firme: “Uh!!” levanta o lençol e o Rogério o encara. Saturnia se debate aperriada e o sangue esguicha.
– Porra, mulher!! Não falei que esse negócio de mulher por cima é coisa de vagabunda, porra!!”
Artur Farrapo
2 comentários:
Só falta feder!
Sensual... =p
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