Razão assiste ao submisso escravo
que beija e lambe os pés de sua dona,
pois que se amam, o gilhão é largo
e o cativeiro lhe é feliz redoma.
Mas não se iluda, ó Flor, que o amor é entravo
no ser feliz que a vida lhe abandona,
posto que o dócil traz em si o bravo
a tomar vida quando o vil questiona.
Para onde vaz? E quando volta? Gris?!
Com que perfume o mar em ti navega?
Me tens lacaio! Por que não sois feliz?!
Será o odor que a terra em ti esfrega
quando deitada em meus ervais carris?!
Dizei-me, musa, por que não te entregas?
Por quê?
Anderson H.
Um comentário:
Anderson, como sempre foda!
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