Chove.
Por dentro.
Olho na janela do quarto.
Pressinto:
toda a minha vontade
já vem brincar miragens
vidrando tons de beleza,
companhia e saudade.
Cúmplice desse desassossego,
um relâmpago
trança as cores do firmamento
e as deita
- líquidas -
sobre a pele nua do parapeito.
O céu fica todo aceso
enquanto ouço úmida
a voz do tempo dizendo:
"- Serena, céu!"
(...)
Tudo é só o gosto dela
que veio condensar de pressa
os horizontes da nossa janela."
Cel Bentin
2 comentários:
Quantas vezes não passamos por este temporal?...
Esse poema do Cel é adorável.
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