E tu estás aqui de novo – destino insólito!
Trouxe até mim essas belas imagens – já anteriormente esquecidas, e corroídas pelo tempo.
Eu a coloquei como foco;
Eu a entorpeci com os efeitos sonoros dessa vida amarga!
Ela assim me arrastou e me dissecou internamente.
Estou agora pela metade; Tu levaste minha mente!
Sou – o que já não era.
Maldito seja o som das trevas!
Ecoam-se em meus ouvidos o teu bater nos ares envoltos em mentiras;
Consigo sentir teu cheiro em óleo das outras filhas;
Dessas ruas e desertos, nas quais tu dizes possuir.
E tudo não passa de um mártir!
Já pensei ser dona de minhas próprias falas – mentira! Carrego comigo uma leva de pombas giras; Que renascem a qualquer sintoma de amor a ti.
Religião sem fé – seca!
Pequena e imensa solidão – se embaraça e espaça-me aos dedos, tamanho torpor que tu me deixaste.
Alfaiates? Reerguem-se!
Deixam-se os velhos trapos de sonolência que vestimos – abandono!
Relevam-se os sonhos puros que cumprimos – assombros!
Fantasmas e deuses que tornamos a ver – Delírios!
Sinos e sinos!
Talvez não! Estejamos loucos, então!
Em teus olhos de tamanhas cores – desenho cores novas!
Semi-novas planícies de montanhas novas – mais novas do que os sentidos!
Qualquer fossem os dizeres agora...
Não seriam dignos de lágrimas vossas.
Senhorinha de tamanho imaculado – anjinho malvado.
Envolta entre mantos de mentira;
Tu és tua própria cria;
Teu princípio e teu prazer;
Sente-se feliz ao comover qualquer um de seus amantes;
Rodando sua saia afora;
Tua indecência – mente interna -, doçura infame;
Delícia entrando-me aos poros – sempre!
E fazendo-me lembrar de ti.
Só, eu não sou.
Não. Não és.
Somos. Podemos.
Morreremos sabendo.
Escrevemos e encenamos;
Deveras fossem nós dentre tantos;
Capazes de sermos – não fomos!
Nem seríamos - talvez!
Tamanho fosse o sofrimento de prazer,
Que teríamos ao nos encontrar.
Não hesitei em lutar por ti.
A categoria de minha falácia decai sempre – ruína!
Minha única menina – em um mundo com almas a me comprar.
Os instantes desgastam.
Recebo os passos de pessoas que não me vêem – risos!
Amigos, e familiares!
Palmas lineares!
Tudo muito ensaiado – peça e teatro!
Ruído calado de algo que eu disse.
Reino sozinha! Queimo-me!
Fogueira inquisidora;
Fácil conter-me em seus braços!
Restos. Apenas.
Inteiras são as pernas;
Que ousam trilhar o mesmo caminho.
Sozinha! Sempre!
Contigo em mente – contente!
Mentindo através do soluço e ardor;
Fingindo sentir amor por esse humano – sou!
Me envergonho...
Me calo...
Abandono o papel...
Deixo o corcel correr sozinho;
E me abençôo com o vinho.
Um comentário:
O mal do século (XIX) está de volta!
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