Eu que falava de abismos
Cansei-me de cair
E munido de pá
Decidi me (a)fundar
Pra não tirar os pés do chão.
Eu, que dizia sentir,
Aceitei meu lugar de pedra
E como peso morto
Mantive portas abertas
Sem sair do lugar.
Mas agora, como todo mineral,
Vou me lembrar de ser lava
E ter inveja do vento
Que me varre aos poucos
Ao meu fim de pó.
Eu que falava de asas
Hoje não passo
Das penas.
(Cuiabá, 16 de fevereiro de 2009)
Vinicius Paioli.
3 comentários:
MAGNÍFICO!!!
MAGNÍFICO!!! [2]
=D
Agradeço a leitura.
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