sábado, 18 de dezembro de 2010

O ENÍGMA DA INTEGRAÇÃO



















Um dia eu vi que estava num deserto árido,
só.
Um dia eu vi que ninguém me respondia,
só o eco da minha voz na caverna escura.

Um dia eu vi que era diferente de tudo
e quem ninguém na rua me acompanhava...
só a chuva que caía sobre minha cabeça...

Então andei olhando pro chão,
para os meus pés molhados
e nem percebi quando trombei com alguém
à minha frente.

Foi então que despertei...

e vi uma multidão de molhados
olhando para mim!...

Então percebi que sou gota de chuva.
Pequena gota caindo no mar.
Eu sou água!
Jamais estou só.
Sendo gota,
eu sou o mar!


Marcelo Farias

Um comentário:

Flávio Mello disse...

Então Marcelo,

gostei sim, não acho que "tá uma merda" como pensa... pelo contrário, acehi-o muito filosofico, inteso... a metáfora na medida, o poema é uma metáfora no todo... uma gota, uma pessoa, o mar, a multidão... há um quer que seja de citadino... o que gosto muito... parabéns... é o caminho...

prefiro.


Flávio Mello