Uive cão maldito!
Pois a noite não redimiu o dia
e as asas continuam enfermas
e em coma
Continue uivando,
que acentuo a dúvida em Deus
nesta noite isenta da música
da chuva
Hoje é como se fosse oitenta e seis anos
sem baile da saudade
sem unhas feitas
sem necessidade
Insisto no diagnóstico de
Alzheimer pelo menos
agora
Passeio no Parkinson de meus toques
Esboçando-me um sorriso fingido
E tudo isto é porque é sábado
e eu não sei me despir
de minhas muralhas
Barbara Leite
Um comentário:
Divino, Bárbara! Divino! (estava com saudades!)
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