quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A ALMA AZUL DE ALGUÉM NUM PORTO


















busco a alma azul de alguém num porto
Jurando falsamente em plena prece
Ainda lembro o mar quando anoitece
A nau de Deus em mim quando me aporto.

Eu busco a Deus num outro Céu vazio
Que cobre a minha estrada de alguns passos
Ilusionismo fino em que recrio
O Inferno tatuado nos meus braços.

Eu sinto que é de mim que o Céu precisa
E a Terra ainda me quer como tapete
O abismo me disputa lado a lado.

Farei que o Céu se curve como a brisa
Crucificada em mim num cavalete
Exposta a todo o ser como recado.

dos Anjos

Um comentário:

MARCELO FARIAS disse...

O porto da literatura e o céu da poesia sempr estarão abertos para você, amigo.