quinta-feira, 8 de maio de 2008

INCLASSIFICÁVEL






















Porque pensa que me sabe de cor?
Não. Com você não passei do limite.
Fui um dedo. Um dedo... apenas, um dedo.

O que faz me prender
nessas noites em que penso nessa droga
(que quero)
essa droga... de querer-te, sim?!

Você que desliza de tantos deslizes...
Chega, afinal, chega!
Dois pontos: aqui não cabe mais nada... senão você.

Me perco,
perde

Vem devagar... devagar
calmamente... insinua... e completa...
até o finalmente!

Em baixo do Cruzeiro do Sul
me ganha, na grama e guarda
por dentro e por ora

A arte
me inspira
me espia,
com seus olhos abertos
e os seus, de dentro (tão pequenos!)
me bloqueia e não ateia
se bloqueia
dependente de pequenas queixas
inválido
injuriado
disfarçado
se esquece, que é, apesar delas...

O que?

(se não tenho, pode até me bastar... saber do seu desejo?)

É preciso não se perder.
É preciso estar atento.
É preciso desviar e não precisa de licença.

Por que põe na minha boca o gosto do que pode ser... e me deixa assim?!
Tão dependente.
Ivonefs.

2 comentários:

Marcelo Farias disse...

Perfeita! Como sempre! Perfeita!

Zé(d's) disse...

gostei da inconstância dos versos