Minha lingua tarada
Deflora palavras
As revira e apalpa
Até perderem a fala
Minha língua insana
Desregrada, encanta
Mesmo em trapos de sílaba
Arde em fortes chamas
Minha língua
Sempre volta
Desonrada
E louca
Nunca morre a míngua
Sem palavras na boca.
Alana
3 comentários:
Não apenas sua língua, Alana, mas sua mão!... Essa "língua" que fere o papel.
Quando terminei de ler, não pude segurar minha lingua, ela queria gritar, nossa que lingua espertinhaa.
Bacana este poema.
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