...a mãe uma borboleta
nem flor nem pássaro
uma borboleta
...o pai era um sorriso
embriagado dos perfumes
das mariposas
...as mariposas uma nuvem de putas
que se equilibrava sobre a aura de nossa casa
...a casa ora a oração da mãe
ora os perfumes das putas do pai
...eu era invisível
como o ódio da mãe
e o sorriso perfumado do pai
...um dia a casa caiu
sobre um forte temporal
vi minha mãe partir em silêncio
Calaça
2 comentários:
Acho que João Cabral de Melo Neto bebeu e delirou...
valeus, Marcelo!
obrigado pela divulgação dos meus
poemas aqui em teu espaço!!
abração camarada!
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