quarta-feira, 31 de outubro de 2007

NAU FRÁGIL























E lá...
Em meio à chuva,
em meio ao vento,
fazendo água,
soltando tudo!
Fazendo nosso
o seu tormento.
Esperando e querendo
o apocalíptico cavaleiro
que, de posse da foice,
ceifaria do pranto
a planta que forma
o seu cativeiro.

Só queria que o vento,
esse voraz elemento,
tornasse sua vida,
seu pranto...
e a ferida...
não mais que lembrança
da bruta vingança
da Mãe Natureza.
Queria que o fogo,
emissário vilão,
levasse seu corpo
pro fundo das águas,
na vil solidão.


Beto Reis. Ilustração: A Caravela - Salvador Dali.

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