segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Noites de Nova Iorque

A noite se levanta no meu quarto.
Eu não meu deito, dado a cafeína.
E crente que ainda acho a heroína,
Em horas revoltas, incauto, parto...

Num braço dado à solidão reparto
Ruas desertas (não paz), jogatina.
E nessas "noites ruas" não rotina
Multidão infeliz de que estou farto.

Ah! Menina dos olhos, Nova Iorque,
Na noite escura que assalta, assedia,
Procuro lugares. Onde não ir?

Para encontrar aquela que me enforque,
Antes que a luz da lua vire dia
E eu, cansado, volte a ter que dormir...

2 comentários:

Marcelo Farias disse...

Um soneto urbano!... Essa é nova. Primeira vez que vejo.

Duda de Oliveira disse...

muito, muito bom. adorei!