quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Notre Sang.























Por acaso soubestes, qual força nos envolvia?

Quais sons profanos tu emitia;

Para que eu fosse amaldiçoada por inteiro?


Seu demônio ligeiro!

Trancastes-me dentro de seu peito,

E com desrespeito, me tirou o fim.

Me dando a vida eterna...


Devolva-me à ela! Òh, sentimento mundano!

Seus sons de tamanha proporção,

Me fazem gritar de emoção...

E me comandam por um inferno perfeito.


E já não me atrevo a tentar;

E nem ao menos tento.


Deixo.

“Re-deixo-te”!

Alimento-te com uma alma estranha;

Completamente banhada em lama,

Na qual estive submersa por anos.


Já não sinto.

Minto.

Sinto muito;

Teu puro afago, banhado em almas vadias;

Acompanham suas mãos frias,

Por dentro desses cálices profundos.


E pra você:

“Que se dane o mundo

Tenho comigo um belo cajado,

E poderia jogar carteado,

Com essas almas que possuo...”


Cruel.

Não, melhor!

És um resto de areia

Que apenas me cega, e se faz poeira

Diante de meus olhos.


Vá-se!

Deixe-se ir!

Não se permita prender agora;

Encontraremos-nos outrora;

Talvez numa outra estória...

Escrita por suas insanas mãos.


-14/11/2008.