segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

SONETO CHEIO DE LIBERDADE
















Razão assiste ao submisso escravo
que beija e lambe os pés de sua dona,
pois que se amam, o gilhão é largo
e o cativeiro lhe é feliz redoma.

Mas não se iluda, ó Flor, que o amor é entravo

no ser feliz que a vida lhe abandona,
posto que o dócil traz em si o bravo
a tomar vida quando o vil questiona.

Para onde vaz? E quando volta? Gris?!
Com que perfume o mar em ti navega?
Me tens lacaio! Por que não sois feliz?!

Será o odor que a terra em ti esfrega
quando deitada em meus ervais carris?!
Dizei-me, musa, por que não te entregas?

Por quê?



Anderson H.

Um comentário:

MARCELO FARIAS disse...

Anderson, como sempre foda!