
À Duda de Oliveira
Já vi o mundo como um quadro de Magritte:
Terra esterco destroçada
a casa de meus ancestrais.
Arame farpado cinza.
O céu nublado de morte.
Torres de vidro e concreto:
mundo de aço e de gaz!
O céu é cinza
(e os ternos também!).
Cai a chuva.
O vidro chora
Em Manhattan,
Liverpool...
A vida nubla lá fora.
Anos 30.
Anos 60...
Eu só quero um pub punk,
moderno,
quieto,
inglês.
Há uma beleza no cinza
e que quase ninguém vê
_poesia concreta.
Marcelo Farias - Ultramodernidade. Ilustração: Golconda - René Magritte.
4 comentários:
Amei o final! Um achado !
Construiu sentimento em cimento, meu caro!
Bom te ler, bom te ler...
Ai, que lindo!
Nossa, muito obrigada, mesmo... Não podia tê-lo feito melhor.
E a imagem está excelente também.
Muito obrigada! Beijos!
Mu Dieu! Manhattan, Liverpool... E quase ninguém vê!
:*********************
Eu gosto do vidro chorando.
Suando lágrimas.
Postar um comentário