Das órbitas saltavam lágrimas insolúveis e inquietas, depreendidas em desalinho.
Sentia-se acre, mordiscando a língua que gotejava, na gravata cáqui, baba salina. No CD player, arremedos de folk, enquanto se debatia efusivamente e o roxo entoava e delineava a textura dos lábios... faltando-se a si mesmo. O sabor da jaca, do primo porre, o sabor da mãe a catar piolhos. De todas as arestas, odores sucidas encorpavam o ambiênte.
Da parede, Sartre observava tudo, em silêncio.
Muryel.
5 comentários:
Sartre analisando Durkheim.
Outra vez, pequenino.
O que é que o pessoal aqui tem que só escreve pouquinho?
Acho que sou eu que gosto de abundância.
Sou fã demais demais!
mantendo padrão de qualidade
Triste o texto.
Um suicídio é sempre triste.
Soube expressar muito bem em tão poucas palavras.
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