segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

AS JURAS QUE FICARAM NA CALÇADA

















Eu ouço trinta dores e um só cárcere
Da alma enferrujada em contramão
Final de vez, vendido pelo chão
Num peito que abana um Céu de mármore.

As celas que ficaram pela estrada
Prendendo um sem-amor em quase tempo
São juras que ficaram no cimento
Promessas que deitaram na calçada.

Cadeias são correntes besuntadas
Num elo de morfema intransigente
Prisão a sete chaves de palavra.

Verdugos são dois pães de uma só lavra
Na grade que circula permanente
As garras dessas cores amputadas.



dos Anjos.

2 comentários:

MARCELO FARIAS disse...

Que encontro fantástico entre o tradicional lírico e o desconstruido moderno!

Paralytica Geral. disse...

Rimas perfeitas e estrofes magníficas!

=D