domingo, 15 de fevereiro de 2009

ENCRUZILHADA


















Dentro desta rua presa pelo crepúsculo
Me encontro desprendido dentro
Da sina diária de ser gente.

Um risco abusivo, mediado
Pela morte siamesa (minha)
Na cara da odisséia de uma
Tinta pintada pelo tempo.

E agora, só restam grãos do
Meu rosto, aquele mesmo (dificílimo)
De apreensão pela capa
Do fim verdugo.

Sol – miserável sol – te puseste contra
A embriaguez do meu corpo
Transformado em bruma,
E numa pedra rasteira que me
Sobra como espaço vivo
De uma morada em fezes (preces).

Anátema bondoso de clausura
Suprema em uma via extensa
Ultrapassada pelo cancro
Do meu Mar Morto em descanso
E desuso.

Sol – Miserável Sol – somos
Todos santos de sangue, pelas
Veias do cimento cínico
E viscoso do entardecer.



dos Anjos.

2 comentários:

MARCELO FARIAS disse...

Só alguém "dos Anjos' para entender das encruzilhadas da vida.

Paralytica Geral. disse...

Adoro esse!

=D