não sou eu,
é o destino!
ele me cai do céu,
me enfia
no meio da terra
e prenha o mundo dos outros.
se dá de nascer esperança
fazem festa em minha enchente.
se dá de chorar a dor
na hora viva do parto
me cantam à capela,
com direito a roupa preta,
vela grande, branca e acesa
no meio das mãos da santa.
não sou eu,
é o destino!
só faço fechar os olhos
quando me precipita
o avolumado negro das nuvens...
Um comentário:
Seu destino é, e sempre foi, ser poeta!
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