quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

CONVERSA DE CHUVA



















não sou eu,
é o destino!

ele me cai do céu,
me enfia
no meio da terra

e prenha o mundo dos outros.

se dá de nascer esperança
fazem festa em minha enchente.

se dá de chorar a dor
na hora viva do parto
me cantam à capela,

com direito a roupa preta,
vela grande, branca e acesa
no meio das mãos da santa.

não sou eu,
é o destino!

só faço fechar os olhos
quando me precipita
o avolumado negro das nuvens...

Anderson H

Um comentário:

MARCELO FARIAS disse...

Seu destino é, e sempre foi, ser poeta!