Vim do mais baixo clero,
do mais baixo meretrício.
Sou o torpe monge bêbado
de olhos aguados.
Um rei pagão no panteão,
dândi esfarrapado.
Enxugue os pés nos meus cabelos,
sou o mais servil dos mestres,
mais velho neófito.
Queres se afogar?
Olhe-me por dentro!...
Artur Farrapo - Revista Sirrose IV. Ilustração: Ramakrishna, o "louco de Deus".
6 comentários:
Foda!... Só o que eu posso dizer...
LER os poemas do farrapo é mais proveitoso que converte-se ao budismo ou ALÁ.
um poema cristalino e sujo.
É foda esse camarada.
um poema cristalino e sujo.
É foda esse camarada.
Marcando presença neste requintado espaço, comento o poema do caro Arthur Farrapo, este vagabundo iluminado. Ouvindo Clementina e convidados enquanto leio o blog, um mini-êxtase apresenta-se no horizonte da mente. É a mais honesta auto-descrição de um diamante porra-louca. Parabéns, farrapo.
A-do-rei.
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