terça-feira, 6 de novembro de 2007

PANDORA



















À Astrid Cabral


Absurda, ela abriu a caixa!
Como Zeus disse pra não,
Pra nunca fazer. Jamais!

_Pandora, minha Pandora,
por que não obedeceste?...

Voaram de lá de dentro
Mil asas de sofrimento,
de angúsita, de dor...
_Lamento!...

Pandora quedou, culpada.
Não pode fazer mais nada...

_Bam! Bam! Bam!...

Que castigos sofreria?

_Bam! Bam! Bam!...

Que castigos?...
Sofreria?...

_Huuu-mimmm...

Seu choro chupou sentenças!
Mil formas de dor!
Cem penas!

Mas bruma brotou da caixa,
pairou sobre sua cabeça,
de tola menina, baixa...

_Não chores, meu bem, não chores!_
Disse a voz de uma esperança.

Suave, sentiu um beijo.
Pandora ergueu a cabeça,
enxugou os olhos,
sorriu!...




Marcelo Farias - Para Entender a Mágica





Um comentário:

Diogo... disse...

Gostei de "Pandora".
:D