sábado, 10 de novembro de 2007

VISÃO
















Sob o céu acizentado de meu ego
repousa a paisagem isólita
de luzes... de sombras,
de silêncio e vozes...

Pelos cantos dos meus olhos
escorrem gotas...
Os seres próximos são de ébano caiado
e os distantes são pedras intocáveis.

Busco resposta para meus atos,
mas só encontro estática...
Vagos suspiros pensantes
formatados de modos impensados.

As linhas se contorcem,
infinitamente corrompidas:
Cada pessoa é um ser manipulável
e cada manipulação, uma vida.

A vida se confunde,
como tela a nos prender,
segurando o homem rude,
dando a ele o que temer.

Senhor, sei que escreves certo
por linhas tortas e, com uma lucidez
alucinada, me coloco
em tua "caneta divina"...





Beto Reis

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