sábado, 16 de janeiro de 2010

RETALHADA














São retalhos
e não são desta saia

ou da colcha que repousa
segura do meu amor e lembrança
dentro do guarda-roupa

São retalhos
e oxalá fosse só dentro de mim

Mas não!

É dor esparramada
cheiro azedo
de felicidade estragada

Escombros no chão.

Ruínas
de Reis
e de Luízes de Paraitinga

E antes de sepultar meu amargo
a terra fez sua dança desajeitada
e de novo um cheiro de azedo
agora, de pouca felicidade estragada


Barbara Leite. Ilustração: Rubro - Salvador Dali.

3 comentários:

MARCELO FARIAS disse...

Sempre retalhando a alma em mil versos, heim Bárbara!...

Ganso neurótico disse...

Que menina linda... seu lápis é apontado com ternura.

Márcio Santana disse...

Anda sumida esta talentosa poeta. Acho que ficou assustada com a Sirrose rssss
Mas me sinto muito grato por ela ter participado da sétima edição de nossa revista.
Um abração Bárbara!!!