quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Tempestade



Apesar do azul do céu,
Você a vê chegando.
Sabe que vai acontecer.
Sente na pele.

É previsível.

Mesmo que o dia pareça ensolarado.
Mesmo que os pássaros cantem.
A tempestade se anuncia.
O vento corre nas árvores.
Você finge que não vê.
Pois não quer.
Quer aproveitar as suas ilusões
Que o dia ainda está bonito.
Que vai ver um belo pôr-do-sol.

Ignora o vento, os trovões...
Até que o nascimento da tempestade lhe surpreende.
E enquanto o céu desaba,
A água escorre pelo seu rosto.

Você...
Estática.
Parada.
Surpresa.
Muda.


Como se não tivesse visto os sinais...
No seu rosto...
Chuva ou lágrimas?