quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

INVERTIDA























Eis minhas unhas gastas
de ferir a terra e penetrar-lhe os segredos.
Quem passa verá meus pés sairem-lhe à flor.
Assim plantada muitos me dirão inversa.
Minha gana de louvor à terra lhes despreza o julgamento.
Meu ar são seus veios de ouro,
minha luz seus mistéiros de magma.
No reverso em que sonho,
piso o firmamento
e ergo a terra sobre mim mesma.




Devora-me ou te decifro . Ilustração: O Enforcado.

Um comentário:

MARCELO FARIAS disse...

Puro como água cristalina, da montanha mágica.