
Eis minhas unhas gastas
de ferir a terra e penetrar-lhe os segredos.
Quem passa verá meus pés sairem-lhe à flor.
Assim plantada muitos me dirão inversa.
Minha gana de louvor à terra lhes despreza o julgamento.
Meu ar são seus veios de ouro,
minha luz seus mistéiros de magma.
No reverso em que sonho,
piso o firmamento
e ergo a terra sobre mim mesma.
Devora-me ou te decifro . Ilustração: O Enforcado.
Um comentário:
Puro como água cristalina, da montanha mágica.
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