sábado, 3 de janeiro de 2009

CAI O PANO

















Eu devia engolir a fala
do modo que engulo o choro
e o retenho com um nó na garganta
e outras linhas emaranhadas

Mas a palavra me desata, me destorce
faca afiada me destrincha expondo trapos
desfia o alinhavo
da figura adquirida em banca de retalhos
mostra-me em cada laivo a artesania
dos adereços de rebotalhos
A isso que sou
..........................boneca de sonho
.................................................títere do som
não cabe reter a palavra que resvala



Iriene Borges.

4 comentários:

Marcelo Farias disse...

Sua tecitura é divina!

Unknown disse...

Sim, sim.. muito bom!

Giu Missel disse...

Mto lindo!

Cris Carvalho disse...

Tem uma profundidade que nos obriga a mergulhar nos versos para obter a essência.