sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

MESBLA























Em suma:
A nova.
Ou tua, ou outra,
Rua cama asfalto flora
Ou nua, ou roupa,
Gota grelo grão graçola,
A nova.

No sumo:
Toda. Ou tesa, ou torta,
Musa flama maço moça
Ou vil, ou glória,
Tira tora braço boca,
Toda.

Ou surto, ou sina,
a parede do lirismo
É riscada com giz de cera.

Ou solta, ou fixa,
a vontade do instinto
É a rixa entre retas e gretas.

No topo do caule,
A Rosa.
Tudo quanto haure,
Sopra.

Pois é no cume que está a nossa recompensa.
Mas é preciso ter fôlego.
Fôlego e delicadeza.

É preciso ser toda nova,
sem dispensar a dialética
Ou linho, ou Mesbla – ser qualquer Teresa,
Qualquer coisa que não seja,
essa coisa tão cônscia de sua beleza.



Carla Marangoni.

2 comentários:

MARCELO FARIAS disse...

Arte! O que mais posso dizer...

Iriene Borges disse...

Creio já ter lido isso em algum lugar. Onde? Belo demais