quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

POEMA PÓS-MODERNISTA























Eu contarei todos os dedos para não fazer
A mesma coisa sempre.
Eu não farei e me recuso a fazer
como antes.
É possível beber todos os versos
como quem bebe suco.
O verso bêbado é melhor que o verso
metrado.
Difícil é fazer versos que não são mais versos,
são inversos.
Quando a mente resolve ser atroz,
talvez seja mansa como um cordeiro.
A intenção destrói o poema
como o fonema dissolve o amor.
Melhor então ficar calado.



Marcelo Farias - Para Entender a Mágica. Ilustração: Woody Allen e Scarlett Johansson.

2 comentários:

alercio disse...

apesar de não achar pós- coisa alguma, o poema é bacana!

abraços

Urano disse...

O blog está cada vez com uma maior qualidade, cada frase e texto que leio me identifico mais com o pessoal daqui, gostaria de agradece-los e mandar um super abraço para quem faz isso acontecer.