domingo, 11 de janeiro de 2009





















Quero o amor que assassinei junto com meu cúmplice, o amado.
Mas esse amor está morto.
Então corro demais
buscando veias,
escapes,
para esquecer o crime.
Matamos juntos o nosso amor
e nos arrependemos,
ele lá,
eu cá,
mas o amor está morto...
assim...
uma cobra partida ao meio,
ficam duas metades loucas, em desespero,
mas são metades inertes,
em movimento,
não é?
É assim que somos,
metades separadas
e nós mesmos algozes.


AGONIZANTE E INTEIRAMENTE REAL
Denize Machado.

4 comentários:

MARCELO FARIAS disse...

Veja como você faz poesia ao mesmo tempo em que respira.

Paralytica Geral. disse...

Me deu arrepios aqui.

Ótimo!

Anônimo disse...

Obrigada Marcelo.
Foi mesmo um papo.
Agora lendo, não parece meu.

Urano disse...

Denise, não sei o que foi mais difícil, entender seu poema ou fazer meu coração parar de entender. Choro e não compreendo com a razão o que escreveu, mas de peito lhe agradeço as palavras escritas.