domingo, 18 de janeiro de 2009

DESASSOSSEGO



















Se eu pusesse em uma única palavra
a dor que me devora
esta de imediato deixaria de ser
pois perderia o sentido na mesma hora

Palavras fogem à minha boca
escapam ao meu raciocínio
quando a dor se alastra
num furor assassino

E eu corro, quase louca, atrás delas
Felina faminta cercando a caça,
desfaleço de fome
sem saciar-me nela



Iriene Borges

3 comentários:

MARCELO FARIAS disse...

Um poema para se sentir...

Paralytica Geral. disse...

É sempre essa a dor de ser escritor...

Iriene Borges disse...

Eu amei essa foto. De quem é?