quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

POEMA CONCRETO























A Alcides Werk

O corpo queimado
E as cabeças de fósforo
São fósforo mesmo
Nos passos da escada.

Em vigas de ferro
_Esqueleto de aço _
Se ergue o gigante,
Mirante do além.

_Ah, praça cinzenta!
_Ah, fungo projeto!
Te espalhas deserto
Ao vácuo horizonte.
(Planície sem sonhos).

Teu céu é de chumbo.
Teu Sol é mormaço.
Teu fel é o compasso
Com gosto de nada!
Nada!

Nem vale ou montanha,
Nem lago ou ribeira,
Nem árvore ou bicho,
Nem guincho ou esguicho,
Só siso concreto!

Reto!
Reto!
Reto!


Marcelo Farias - Para Entender a Mágica. Ilustração: Waste Man - Antony Gormley.

Um comentário:

Duda de Oliveira disse...

Clap, clap, clap! Adoro teus finais!